A Itália do Chef Mauro Poddesu.

Hoje, no Oba, a primeira colaboração do Chef  Mauro Poddesu, um Chef  italiano que nos brindará com sua gastronomia fantástica.

Os padres na Itália são conhecidos por comerem bem e por possuirem um apetite maior que o normal, por isso do nome “ sufocador de padres”, para muitos tipos de massa, especialidades e pratos regionais.

O nome apareceu em um cardápio em Nápolis, em 1.517. No Lazio (Roma) a forma é de um grande gnocchi feito na mão e passado em uma agulha de tricot. Na Umbria, uma massa de formato quadrado. Na Emilia, Campania e Abruzzo, uma massa parecendo uma corda comprida no tamanho da palma de mão. Em Trentino, Alto Adige e Puglia um gnocchi de batata. Na Calabria, um gnocchi de trigo, ovos e sal.

Molho Puttanesca

Típico da região de Campania, cuja cidade mais famosa é Nápoles. Reza a lenda que este molho foi inventado pelas moças de vida difícil de Nápoles (puttanesca). E a vida era difícil mesmo, pois fora criado na época da guerra, onde a falta de comida fazia com que a criatividade entrasse em prática. Como a região de Campania é produtora de peixe, óbvio usar peixe para um molho de macarrão, e peixe em conserva, anchova, que durava mais tempo que o fresco. Os outros produtos, também em conserva (alcaparras, azeitonas), fazem com que esse molho tenha sabor forte e pode ser armazenado, seduzindo quem o prova.

Roma e Nápoles disputam pela aquisição da origem do nome do molho. No começo do ano de 1.900 em Nápoles havia uma “Casa de Appuntamenti” (Casa de Prostituição) no Bairro “Quartieri Spagnoli” que tinha o habito de servir aos clientes esse prato depois do ato sexual.

Outra faz referência à cor dos lingeries das prostitutas: verde – salsinha, vermelho – tomate e pimenta, verde acinzentado – alcaparras e preto – azeitonas. Outros falam de uma prostituta de nome Yvette “a Francesa” que teria inventado esse molho, e com o dinheiro guardado do velho trabalho, abriu um restaurante que se tornou famoso pela delicia desse prato.

Strozzapreti alla puttanesca

Strozzapreti (strangola padre)

Ingredientes (6 porções)

500 g de Strozzapreti

1 kg de pomodoro rasteiro bem maduro ou tomate pelati (molho)

1 colher (sopa) de extrato de tomate

100 g de alici em óleo

150 g de azeitonas pretas sem caroço

80 g de alcaparras

Alho

Salsinha picada

Pimenta fresca, picante.

Azeite de oliva extra virgem

Sal e pimenta-do-reino a gosto.

Modo de Preparo

Aquecer uma panela alta com 4 colheres de sopa de azeite de oliva extra virgem e fritar 2 dentes de alho e a pimenta picada em rodelas.

Acrescentar o alici e fritar por alguns minutos.

Acrescentar os outros ingredientes, o tomate picado sem sementes ou tomate pelati, o extrato de tomate e cozinhar por 30 minutos.

No final do cozimento, juntar as azeitonas cortadas em rodelas e alcaparras sem a água. Nesse ponto provar o sal, lembrando que o alici é muito salgado e adicionar a pimenta-do-reino.

Escorrer a massa “al dente” (antes do ponto final) e juntar o molho. O molho deve estar bem grosso e bem escuro (devido à azeitona preta). Finalizar o cozimento. Polvilhar com salsinha picada.

Dica: A massa é considerada “al dente” quando já está cozida, isso é não tem mais nenhum ponto branco no interior. Para verificar, basta cortar um pedaço de massa retirada da panela durante o cozimento.

O Chef Mauro Poddesu estará presente no Oba por mais vezes. Sempre trazendo um pouco de  sua Itália natal para o deleite de nossos leitores.

Orlando Baumel

Chef de Cozinha, músico e sócio do site junto com a Carol. Casado, pai de 3 lindas garotas.

Este post tem 2 comentários

  1. Carol

    Chatisse minha, nem precisa aceitar esse comentário, mas eu usaria o quadro de um pintor italiano, ou ao menos um quadro sobre a Italia… Usar um quadro do Toulouse sobre a boemia francesa? não entendi… mas enfim… agora já foi.

    1. Orlando Baumel

      A arte é universal. O que o quadro de Toulouse representa são cabarés, presentes tanto na França como na Itália. Este quadro poderia também representar os cabarés do Rio antigo, ou de Madrid…ou qualquer outro lugar do mundo. O que quis passar foi apenas o ambiente, ilustrar a matéria.
      Até hoje, Toulouse é reconhecido como o maior pintor da vida boêmia. O local é mera questão de Geografia.

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