Torta de palmito.

Toda família tem uma avó (ou tia) que faz a torta (ou empadão) para o almoço de domingo.

É quase uma tradição. O recheio pode mudar, mas a massa cuidadosamente medida e  preparada é a mesma. Passamos anos de nossas vidas acostumados a ter estas tortas em nossas mesas, fazendo par com o que estiver sendo servido, qualquer assado, de qualquer animal.

A forma de aro removível passa de geração para geração. O fecho já nem funciona tão bem, mas é somente com ela que o resultado será satisfatório. Algo como a maldição da forma de empadão…nunca devemos menosprezá-la.

De tanto receber sugestões para publicar a receita da torta de palmito que reinava em nossa mesa, chegou a hora de atender. Claro que, assim como a minha, toda a família tem a sua, que no fundo acaba sendo quase a mesma coisa. Simples e quase imutável (com excessão do acréscimo ou retirada de um ingrediente ou outro), esta é a torta mais consumida na mesa dos brasileiros.

INGREDIENTES

MASSA

3 xícaras de farinha de trigo

1 xícara de manteiga

1 ovo

1 colher (sobremesa) de fermento em pó

1 pitada de sal

RECHEIO

1 vidro de palmito em pedaços pequenos, com metade de sua água

1 colher (sopa) de manteiga

1 cebola bem picada

1 folha de louro

1 tomate, sem pele e sem semente, em cubos

1 xícara de farinha de trigo

1/2  litro de leite aquecido

Sal à gosto

PREPARO

Para a massa:

Coloque a farinha peneirada em uma tigela e junte os demais ingredientes. Amasse, sem sovar e reserve.

Para o recheio:

Leve ao fogo uma panela com a manteiga e refogue a cebola. Quando estiver levemente dourada, acrescente o louro e o tomate. Deixe cozinhando até o tomate quase desmanchar. Adicione a farinha e mexa bem. Despeje o leite sem parar de mexer, até a consistência de mingau. Coloque o palmito e junte sua água reservada. Mescle tudo e retire a folha de louro.

Montagem:

Forre uma assadeira de aro removível com uma parte da massa. Coloque o recheio e cubra com o que restou da massa. Pincele com gema de ovo e leve ao forno pré aquecido. Asse por 20 minutos ou até dourar bem. Sirva quente.

Realmente é uma torta deliciosa. Por mais simples que pareça, é uma bela guarnição. A única sugestão que dou é: nunca tente levar ao almoço de família se alguém ainda a faz. Pode saber, será um dos maiores insultos que já cometeu. Empadão de avó ou de tia é único.

E ponto final.

Orlando Baumel

Chef de Cozinha, músico e sócio do site junto com a Carol. Casado, pai de 3 lindas garotas.

Este post tem 3 comentários

  1. Sensacional! Na minha familía, minha vó faz tb, mas são realmente empadinhas, nas forminhas, talvez tenhamos nos perdido na maldição da forma grande…

  2. Rebeca

    Que delícia…

    Não tenho mais minhas avós aqui, então, de repente…devo ser a tal da tia a voltar com a tradição…quem sabe?

    Adorei!

    Bjoo,

    Rebeca
    @pimentabikinho

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